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domingo, 14 de agosto de 2011

CBF é investigada por supostas irregularidades em amistoso


IG
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga supostas irregularidades no amistoso entre Brasil e Portugal, realizado na cidade de Gama, na região metropolitana de Brasília, em 2008, vencido pelo time de Dunga por 6 a 2. O problema é que a empresa colocada como responsável pela organização do jogo foi criada só um mês antes da partida.
O confronto foi realizado pela Ailanto Marketing, que tinha capital social de R$ 800 e nem possuía telefone fixo na época do confronto. Neste sábado, doze policiais civis do Distrito Federal foram ao Rio de Janeiro para cumprir mandados de busca e apreensão na sede da empresa, no Leblon. A polícia brasiliense afirma que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), presidida por Ricardo Teixeira, foi quem cedeu os direitos do amistoso.
A partida custou R$ 9 milhões ao governo do Distrito Federal e, de acordo com a polícia, esta despesa deveria ser de responsabilidade de Ailanto, que pertence a Vanessa Almeida Precht e de Alexandre Russel Feliu. Quem desembolsou o valor, segundo a investigação, foi a Federação Brasiliense de Futebol, à época presidida por Fábio Simão, ex-chefe de gabinete do então governador José Roberto Arruda. Simão nega.
As irregularidades ganharam destaque no "Jornal Nacional", da TV Globo, que Ricardo Teixeira afirmou em recente entrevista à revista 'Piauí' ser o único programa que despertaria sua preocupação. Foram três minutos de reportagem exibidos no carro-chefe da programação jornalística da emissora.
O programa reproduziu também a argumentação do assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, de que os jogos da seleção brasileira são vendidos por uma empresa da Arábia Saudita, o que a isentaria da acusação de ceder os direitos do amistoso à Ailanto Marketing. Portanto, diz o assessor, a CBF não tem relação com as irregularidades.
A pressão sobre Ricardo Teixeira partindo da 'Rede Globo', antes considerada sua aliada, ocorre uma semana depois de a emissora divulgar carta de princípios jornalísticos prometendo não considerar "assuntos tabus". Além disso, a CBF acabou recentemente com horários dos jogos do Brasileiro, que eram escolhidos pela emissora, detentora dos direitos de transmissão da entidade.
Neste sábado, cerca de 400 pessoas se reuniram em São Paulo no movimento "Fora Ricardo Teixeira", que fez mais barulho do que as reações em outras capitais. À 'Piauí', o dirigente, que está à frente da CBF há 22 anos, afirmou que todas as denúncias contra ele serão esquecida em 2015, quando deixará o cargo.

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