Bola na Trave Pernambuco

COPA DE 2014

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

No sufoco e graças a Glédson, Náutico vence o Figueirense (1x0)

Foi no sufoco. Por pouco, o Náutico não deixou a vitória por 1 x 0 sobre o Figueirense escapar. Aos 42 minutos do segundo tempo, o goleiro Gledson tornou-se o heroi da partida ao defender um pênalti que poderia ter decretado o empate do time catarinense. Seria um verdadeiro castigo para o Timbu, que teve um jogador a mais durante quase todo o segundo tempo, pressionou bastante, mas não conseguiu definir a partida.

O técnico Alexandre Gallo avisou no dia anterior que armaria uma equipe mais cuidado para a partida cumpriu. Ele escalou o Náutico num 3-5-2 com o meio-campo reforçado por dois volantes, Hamilton e Rodrigo Pontes. Giovanni ficou como único meia criador, mas contando com o auxílio de Zé Carlos e Wilton Goiano, atuando como alas.

Assim, o Náutico tomou a iniciativa do jogo e foi para cima do Figueirense, utilizando principalmente os dois alas. Logo no início da partida, porém, o primeiro problema para Gallo solucionar. O atacante Anderson Lessa se machucou sozinho - tem suspeita de entorse no joelho - e teve que ser substituído por Bruno Veiga.

Sorte do treinador que o rápido centroavante entrou bem na partida, fazendo o papel que havia sido designado para Lessa, que era abrir para jogar pelos lados. Quem também esteve bem foi o parceiro dele na frente, o estreante Max. O jogador usou bem o seu porte físico para ganhar as bolas por cima e marcar presença na área, incomodando a defesa do time catarinense.

Mas o Figueirense mostrou ser uma equipe qualificada e bem posicionado em campo esperava para atuar nos erros do Náutico. Por duas vezes, Glédson teve que intervir para impedir o gol dos catarinenses. Quem abriu o placar, no entanto, foi o Náutico, e com justiça. Zé Carlos cobrou falta, que ficou na barreira. O árbitro viu que a bola bateu na mão de Túlio, dentro da área, e marcou pênalti. O próprio lateral-esquerdo cobrou no canto direito e marcou.

Depois do primeiro gol, o Timbu assumiu o domínio da partida, criando, inclusive, duas chances claras de ampliar o marcador. A primeira aos 40 minutos, com Max, que ganhou dos zagueiros na velocidade e no corpo, mas finalizou errado. Depois, aos 44, com Bruno Veiga, após falta ensaiada. Ele chutou em cima do goleiro e no rebote por cima do gol.

Na volta para o segundo tempo, o Figueirense voltou aceso e disposto a empatar a partida. Teve o ímpeto barrado, no entanto, logo aos seis minutos, quando William fez falta dura em Giovanni e foi expulso direto. Foi o início de uma enorme pressão por parte do Náutico. Gallo agiu rápido, colocando o time no ataque ao trocar o volante Rodrigo Pontes por Erick Flores. Mesmo com o reforço no meio, as jogadas pelas alas continuavam sendo a principal arma dos alvirrubros.

Embora estivesse em cima do tempo inteiro, o Náutico rodava demais a bola. Faltava calma e objetividade para fazer valer a superioridade numérica e definir o jogo com mais um gol. Bem no primeiro tempo, Max sentiu o cansaço na etapa final, mas Gallo insistiu em deixá-lo em campo.

O Figueirense tentava usar a velocidade para sair nos contra-ataques e já assustava o Timbu. Aos 41 minutos, a tensão toma conta dos Aflitos. A bola toca na mão justamente de Max dentro da área, em lance semelhante ao do primeiro tempo e o árbitro marca pênalti para o time catarinense.

O gosto de frustração veio à boca dos alvirrubros. Mas ainda havia uma esperança. Glédson. Nas mãos dele, a responsabilidade de salvar o Náutico de um castigo. E o arqueiro não decepcionou. Fernandes foi para a batida e ele defendeu, no canto direito. Euforia nos Aflitos. Dentro e fora de campo. Os jogadores correram para abraçar o heroi, mas a bola ainda estava em jogo, embora nas mãos do alvirrubro. Nas arquibancadas a torcida vibrou mais do que no gol do primeiro tempo.

O Náutico ainda teve que segurar um sufoco nos minutos finais. Faltou calma ao time na hora de definir a partida e na hora de segurar o resultado também. Foi por pouco, mas a vitória por 1 x 0, sofrida, foi confirmada com o apito final de Marcelo de Lima Henrique.

FICHA TÉCNICA

Náutico
Gledson; Diego Bispo, Wálter e Wescley; Wilton Goiano, Hamilton, Rodrigo Pontes (Erick Flores), Giovanni e Zé Carlos; Max e Anderson Lessa (Bruno Veiga) (Thiaguinho). Técnico: Alexandre Gallo

Figueirense
Ricardo; Lucas, João Filipe, João Paulo e Juninho; Jeovânio (Roberto Firmino), Túlio, Coutinho (Bruno) e Fernandes; Reinaldo (Tássio) e William. Técnico: Márcio Goiano

Local: Aflitos. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique/RJ. Assistentes: Rodrigo Pereira Joia/RJ e Thiago Gomes Brigido/RJ. Gol: Zé Carlos (aos 28 minutos do 1º tempo). Cartões Amarelos:Jeovânio, Túlio, Juninho (F), Rodrigo Pontes e Hamilton (N). CartÕES vermelhoS: William (F) e Max (N). Público: 7.396. Renda: R$ 30.280,00.

Nenhum comentário:

Postar um comentário