Bola na Trave Pernambuco

COPA DE 2014

domingo, 18 de julho de 2010

Santa Cruz inicia neste domingo, diante do CSA, no Arruda, a caminhada rumo à Série C


Noventa e seis anos de vida. Campeão estadual 24 vezes, sendo cinco seguidas, entre os anos de 1969 e 1973. Primeiro time do Nordeste a vencer uma equipe do Rio de Janeiro (3 x 2 sobre o Botafogo, em 1919). Fita Azul. Dono do 2º maior estádio particular do Brasil e da torcida que, não por acaso, se considera "a mais apaixonada do Brasil". Seu nome é Santa Cruz, mas quem quiser pode chamá-lo também de vencedor. E como tal, não deveria estar na Série D. Por isso o desafio deste domingo é o maior e mais importante do ano para o clube.

É uma espécie de renascimento. Mais do que três pontos, está em jogo o resgate do passado de glórias do "Terror do Nordeste" e da autoestima dos tricolores, há muito tempo desgastada pelas sucessivas frustrações. O clube tenta reverter um processo que teve início em 2006, com o rebaixamento da Série A à Série B do Campeonato Brasileiro. Contando com esta, foram três quedas consecutivas, até chegar onde está, na última divisão do futebol nacional, e de onde não conseguiu sair no ano passado, quando fez a primeira tentativa. A segunda começa com um duelo contra o CSA, no Arruda.

É bem verdade que ainda soa estranho ouvir esta frase: "A principal meta de 2010 é conseguir o acesso à Série C". Sem dúvida, pouco. Muito pouco para o Santa Cruz. Porém, como em qualquer recomeço, a missão é dolorosa. E passa, necessariamente, por esse caminho. Mas por que não olhar a tarefa por um outro ângulo? Claro! O acaso deu ao Santa Cruz a chance de fazer história. Duvida? Então pense bem. Como primeira equipe do futebol brasileiro a ser rebaixada três vezes seguidas, o clube tem a oportunidade de ser também o primeiro a conseguir três acessos consecutivos. Seria a redenção coral.

E aí entra em ação a torcida, pois os jogadores precisam se sentir prestigiados e a diretoria depende do respaldo financeiro trazido por grandes públicos. Ah, mas dentre todos os atores envolvidos neste drama, a torcida é a única de quem ninguém duvida. Se os jogadores vão suar a camisa ebuscar seja na técnica ou na raça as vitórias, ninguém pode ter certeza, embora a expectativa seja essa; se o técnico montará o posicionamento correto da equipe e fará as alterações necessárias, não é possível assegurar, apesar da confiança depositada em Dado Cavalcanti; se a diretoria conseguirá cumprir as obrigações financeiras, também é uma incógnita, embora se pressuponha que isso vai acontecer. O que todo mundo sabe mesmo é que os tricolores estarão nas arquibancadas. Torcendo, incentivando e acreditando. Como sempre fizeram.
Olho nele

Brasão

Assim que chegou, impressionou mais pelo marketing pessoal do que pelo futebol. Aos poucos, equilibrou as duas virtudes e se firmou como ídolo da torcida coral. Sua grande apresentação foi no clássico contra o Náutico, onde o Santa Cruz derrotou o rival por 4 x 2, com dois gols do artilheiro (um deles, por cobertura). Audacioso, não tem medo de divididas e sabe usar bem o corpo para se proteger dos trancos dos marcadores.
Anderson
Não foi à toa que o goleiro conquistou o status de ídolo da torcida azulina. Com defesas seguras, o camisa 1 se firmou como titular do time e com personalidade transformou-se em um dos líderes do elenco do CSA. Não são raras as vezes em que Anderson sai de campo como o herói de alguma vitória do time.

Ficha Técnica
Santa Cruz x CSA
Local: Estádio Arruda, em RecifeData: 18/07/2010Horário: 16 horasÁrbitro: Jaílson Macedo de Freitas-BAAssistentes: Griselildo de Souza Dantas-PB e Márcio Freire Lopes-PB
Santa Cruz

Tutti; Osmar, Menezes, Luiz Eduardo e Paulo César; Evandro (Goiano), Dedé, Jackson e Victor Hugo; Brasão e Jadílson
Técnico: Dado Cavalcanti

CSA
Anderson Paraíba; Celso, La Bamba, Sinval e Paulinho; Anderson, Serginho, Lau e Everlan; Catanha e Felipe Heleno (Alysson)
Técnico: Lino

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