Bola na Trave Pernambuco

COPA DE 2014

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Vitrine para o estrelato

SUPERESPORTES


Michael Jordan, o Pelé do basquete, diz que “os playoffs da NBA separam os meninos dos homens”. A teoria é a mesma para o Mundial Sub-20. A 18ª edição do torneio criado em 1977 pela Fifa começa hoje, na Colômbia, com 504 jogadores em exibição na vitrine das 24 seleções candidatas ao título e a uma dura realidade. A maioria desses garotos não realizará o sonho de disputar a Copa do Mundo. 

Segundo a entidade máxima do futebol, 582 jogadores que participaram da competição júnior conseguiram ser convocados para o torneio mais importante do planeta bola. Do total, 32 tiveram o prazer de jogar uma final de Copa e conquistar o título, e apenas dois balançaram a rede na decisão: o argentino Burruchaga, no México, em 1986; e o espanhol Iniesta, na África do Sul, em 2010. 

Conquistar o Mundial Sub-20 e a Copa do Mundo é mais raro ainda. Apenas 10 jogadores conseguiram a dobradinha – seis deles brasileiros: Jorginho, Dunga e Bebeto foram campeões em 1983. Taffarel e Muller, em 1985. Os cinco levaram o Brasil ao tetra, em 1994, nos EUA. Campeão Sub-20 em 1993, Dida era o reserva de Marcos no penta, em 2002. Os espanhóis Casillas, Marchena e Xavi foram heróis da Fúria em 1999 e 2010. 

Maradona completa a seleta lista. Levou a Argentina ao título júnior em 1979 e carregou a seleção nas costas ao alto do pódio na Copa do Mundo de 1986, no México. Vice-campeã em 2009, a Seleção Brasileira tem 21 meninos nascidos a partir de 1° de janeiro de 1991 candidatos a destaques na Copa de 2014. Pelo menos um deles já foi testado na esquadra principal pelo técnico Mano Menezes: Philippe Coutinho.

Experiente, o jogador da Internazionale vestiu a camisa principal na vitória por 3 x 0 sobre o Irã, no amistoso de outubro de 2010. Agora, recebeu de Ney Franco a camisa 10. Além dele, o volante Casemiro e o meia Oscar estão na mira do trabalho de renovação e serão submetidos à peneira a partir de hoje, às 23h (de Brasília), na estreia contra o Egito, pelo Grupo E. Philippe Coutinho é o único jogador em atividade no exterior entre os 21 convocados do Brasil. “Ele é uma realidade, não precisa usar a Sub-20 para uma negociação internacional, está jogando em um dos maiores clubes do mundo. Mas pode ser uma passagem, já que no futuro deve estar defendendo a Seleção principal”, espera Ney Franco, aliviando a responsabilidade dos ombos do jogador de 19 anos. 

ESTRELA SOLITÁRIA
 O técnico tem um grupo forte, mas desfalcado. Responsáveis pelo título sul-americano e a classificação para os Jogos Olímpicos de Londres-2012, o meia Lucas (São Paulo) e o atacante Neymar (Santos) atingiram um status superior. Ambos disputaram a Copa América, na Argentina, e foram dispensados do torneio. Mas Danilo, Gabriel Silva, Rafael Galhardo, Fernando, Allan Patrick, Willian, Henrique e os cruzeirenses Gabriel e Dudu seguem no grupo responsável por buscar o quinto título mundial para se aproximar da arquirrival Argentina – recordista com seis troféus. “Esse time tem uma estrutura tática bem definida desde o Campeonato Sul-Americano do Peru. Por isso, foi importante manter a base para este Mundial, que certamente será uma competição muito difícil”, comentou Ney Franco no desembarque em Barranquilla, a base da Seleção. 

“Responsabilidade a gente sempre tem, até porque estamos com a camisa amarelinha. Todo jogador passa por isso. Vou procurar jogar meu futebol, tranquilo, e ajudar os companheiros. Podem cobrar de mim, é normal, assim como é com os outros. Estou acostumado com isso”, destaca o jogador da Internazionale. Time-base: Gabriel; Danilo, Bruno Uvini, Juan e Gabriel Silva; Casemiro e Fernando; Dudu, Oscar e Philippe Coutinho; Willian.

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