Hoje é o dia do - até então - maior desafio do Náutico dentro desta Série B. Muitos podem discordar. Contudo, os fatos e o próprio discurso dos atletas alicerçam a afirmação. O América/MG conta com o retorno de três titulares.
O Náutico perdeu três titulares. Apesar de não ser em pleno Mineirão, como de costume, a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, certamente contará com a maioria mineira. Em jogos como mandantes, o Coelho está invicto. São quatro partidas, com três vitórias, sendo uma de goleada (4 x 0 frente ao rival Ipatinga), um empate, sete gols marcados, nenhum sofrido. Se vencer, o Timbu consolida a liderança e se impõe ainda mais como "o time a ser batido". Se empatar, o placar, em si, não é tão desanimador. Se perder, calma, alvirrubros! É a oscilação de resultado. Natural da competição.
Até porque a comissão técnica não divulga, mas transparece não ter listado a vitória dentro do plano de metas e pontuações, feito a cada bloco de rodadas, embora o time sempre entre em campo para lutar com afinco e obter o triunfo. O treinador Alexandre Gallo prefere generalizar. "Temos 30 decisões pela frente", declarou. As dificuldades da partida se somam à possibilidade de ocorrer uma ingrata combinação de resultados. Aí, sim, o Náutico pode perceber quanto prejuízo uma derrota pode causar.
Entre o Náutico e o Coritiba (sétimo colocado), a diferença é de meros dois pontos. Os alvirrubros podem despencar até cinco posições. Não podem cair seis, pois dois dos sete primeiros colocados (Paraná e Guaratinguetá, ambos com 15 pontos) se enfrentarão. O próprio América/MG pode trocar de posição com o Timbu. Bastaria vencer os pernambucanos e torcer para os tropeços de Figueirense, Paraná e São Caetano.
O volante Rodrigo Pontes conhece as armas do adversário. "Quando eu defendi o Coritiba, durante o início deste campeonato, acompanhei alguns vídeos do América. Deu para ver uma equipe bastante organizada. Esquema bem definido. Precisamos ter atenção redobrada", alertou, trazendo, como alento, o fato de o jogo não ser disputado no Mineirão. "O campo é mais neutro. Não é fator preponderante, mas pode ajudar."
Para o centroavante Geílson, não há motivos para mudar o estilo agressivo de jogo. "É para sempre pensarmos na vitória. Entrar em campo e impor o ritmo. O América briga por acesso, assim como o Náutico. É o confronto de duas equipes de qualidade. E a dificuldade é para ambos", declarou. De fato, mesmo com as estatísticas favoráveis ao time mineiro como mandante, por enquanto, o Náutico continua sendo "o time a ser batido".
América/MG
Flávio (Gléguer); Gabriel, Fabrício e Preto; Marcos Rocha, Dudu Araxá, Luciano, Irênio e Rodrigo; Thiago Silvy e Fábio Júnior (Hélton Luiz). Técnico: Mauro Fernandes
Náutico
Glédson; Márcio Tinga (Rodrigo Pontes), Walter, Wescley e Zé Carlos; Ramirez, Élton, João Henrique e Giovanni; Cristiano e Geílson. Técnico: Alexandre Gallo
Local: Arena do Jacaré (Sete Lagoas/MG). Horário: 16h. Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá (RJ).Assistentes: Luiz Muniz de Oliveira (RJ) e Jackson Massarra dos Santos (RJ).
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