Há 60 anos, uma vitória dos Estados Unidos sobre a Inglaterra por 1 a 0, em Belo Horizonte, transformou-se numa das maiores zebras da história dos Mundiais, virou lenda e foi parar no cinema. Mas não fez pelo soccer americano o que uma vitória sobre o mesmo adversário pode fazer, neste sábado, no estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo, pela primeira rodada do Grupo C da Copa do Mundo.
- Se repetirmos a maneira como atuamos durante as eliminatórias e pelos jogadores que nós temos, acredito que temos condições de chegar à final - afirmou Capello.Como há seis décadas, os ingleses são favoritos. A exemplo dos Mundiais anteriores e a exemplo de todos os Mundiais desde que foram campeões em 1966, eles chegam à África do Sul acreditando que vão brigar pelo título. Para isso, apostam num treinador com vitoriosa carreira em clubes, mas que ainda é um estreante em Copas, o italiano Fabio Capello.
Apesar de já ter definido os titulares para a estreia, Capello decidiu contar aos jogadores apenas duas horas antes da partida. A principal dúvida está no gol, já que seguem na disputa os três goleiros: Robert Green, David James e Joe Hart. No ataque, Emile Heskey está à frente de Peter Crouch pelo posto de companheiro de Wayne Rooney.
Pelo lado dos Estados Unidos, o treinador Bob Bradley também guardou os seus segredos, mas não escondeu sua confiança.
- Acredito que vamos vencer a Inglaterra. Não digo isso por falta de respeito ao adversário. Pelo contrário, acho uma das melhores equipes do torneio. Minha confiança se deve ao grande trabalho que realizamos e ao espírito desse grupo - disse Bradley.
Para ele, recordar o distante 1950 faz bem ao time. Mas uma nova vitória será encarada de outra maneira. Não com espanto, mas como a evidência de que a seleção americana é capaz de jogar de igual para a igual contra qualquer equipe.
- Aquela partida da Copa de 1950 foi um dos grandes momentos da história do futebol dos Estados Unidos. Uma nova vitória vai nos colocar lá em cima, no topo, ao lado daquele resultado. Mas não somos mais uma surpresa.
A partida ainda tem como atração o trio de arbitragem brasileiro composto pelo juiz Carlos Eugenio Simon, que estreia em sua terceira Copa, e os auxiliares Altemir Hausmann e Roberto Braatz. Durante a semana, os jornais ingleses deram grande destaque aos erros mais polêmicos de Simon no futebol brasileiro e também ao fato de Hausmann e Braatz estarem aprendendo palavrões inglês para entender possíveis ofensas dos jogadores.
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