Bola na Trave Pernambuco

COPA DE 2014

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Caso Neymar


Santos tem uma carta na manga para segurar o atacante Neymar na Vila Belmiro. O iG apurou a existência de uma cláusula no contrato do atleta que obriga o clube a repassar 10% do valor da venda do jogador para seus representantes, Neymar da Silva Santos (pai do atacante) e o empresário Wagner Ribeiro.
Como a multa rescisória de Neymar está estipulada em 45 milhões de euros (R$ 104 milhões), seus representantes poderão receber cerca de R$ 10 milhões. A cláusula, porém, só terá validade se o craque permanecer no Brasil até o início de 2013.
O acordo foi selado em 2010, quando o Chelsea, da Inglaterra, fez uma proposta oficial oferecendo o valor da multa rescisória do atleta, avaliada na época em 35 milhões de euros (cerca de 80 milhões). Além do projeto de carreira e um salário de nível europeu disponibilizado pelo Santos, os dirigentes cederam mais 10%.
Em contato com o iG, o presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, não descartou a possibilidade da cláusula existir no contrato de Neymar. “Não sei, sinceramente. Não vou falar que a informação é mentirosa, não posso dizer isso, pois o contrato do Neymar tem mais de trezentas cláusulas. Pode ser. E tem outra coisa, eu quero que o Neymar fique até o final do seu contrato, mas se ele não puder ficar até 2015, 2014, eu acho que 2013 não seria ruim”, afirmou o presidente santista.
“A proposta existe. Há duas semanas o Barcelona fez uma proposta, não por esse valor que estão noticiando. O problema para eles é que o Neymar não quer deixar o Santos”, disse Luís Álvaro.
Como o Barcelona estaria disposto a esperar o jogador até 2013, os representantes de Neymar estão priorizando o clube catalão na concorrência com o Real Madrid, da Espanha. Além disso, como antecipou o iG no primeiro semestre deste ano, o camisa 11 do Santos prefere atuar no Barcelona em caso de saída para o futebol europeu.
Caso aceite a proposta do Barcelona, o Santos ficará com 45% do valor da transação. Isso porque, além de ceder 10% aos representantes do atleta, a diretoria santista vendeu 5% dos direitos econômicos à empresa Terceira Estrela Investimentos S.A (Teisa) na temporada passada. Além disso, a DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, possui 40% dos direitos do atleta.
iG também apurou que os dirigentes santistas adiantaram o pagamento de “luvas” aos representantes de Neymar em 2010. O valor fazia parte do último contrato assinado por Neymar na gestão de Marcelo Teixeira. O montante, que estava dividido em três parcelas, foi pago à vista pela atual diretoria do clube.

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