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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Carlinhos Bala nega esquema para favorecer Fortaleza


O atacante Carlinhos Bala, do Fortaleza, defendeu seu time de ter realizado um esquema extracampo para manter-se na Série C do Campeonato Brasileiro. Após acusações de uma possível fraude do time cearense, no jogo em que venceu o CRB, por 4 a 0 no último sábado, o jogador considerou que isto não passa de "choro de perdedor".
"Acho que num jogo como foi esse, uma verdadeira guerra, conseguimos o que queríamos. Quem perde sempre chora, mas estamos de cabeça erguida, fizemos o nosso papel, não pedimos ajuda de ninguém, e a torcida foi até o estádio para nos ajudar, e conseguimos fazer o nosso resultado", explicou o jogador, em entrevista para o canal SporTV.
Na última rodada da primeira fase da Série C, Fortaleza e Campinense brigavam em seu grupo contra o rebaixamento à quarta divisão. Após um empate sem gols no primeiro tempo da partida com o CRB, o Fortaleza acabou atrasando o reinício da partida, para ficar sabendo com antecedência do resultado do jogo do Campinense. Em Campina Grande, a equipe vencia o Guarany de Sobral por 1 a 0, resultado que obrigaria o time cearense a vencer por quatro gols de vantagem para se salvar.


Quando a partida na Paraíba foi encerrada, o placar em Fortaleza era de 2 a 0 a favor dos donos da casa. Com dois expulsos, entre eles seu goleiro, o CRB, que ja estava classificado para as oitavas com o resultado de Campinense e Guarany de Sobral, não conseguiu segurar o ímpeto tricolor, que ainda marcou mais duas vezes, garantindo sua sobrevivência na terceira divisão do futebol brasileiro.
Foto: Futura Press
O jogador Vavá comemora o segundo gol do Fortaleza diante do CRB, em jogo que ainda rende muita polêmica
A polêmica veio aos 39 minutos do segundo tempo. Ao marcar o terceiro gol, o atacante Carlinhos Bala, pelas imagens, aparentemente parece fazer um sinal para um jogador do CRB de que faltava apenas um gol para conseguir salvar o Fortaleza do rebaixamento, o que aumentou a especulação de fraude. O jogador, porém, disse que fez aquilo em resposta à provocação do rival.
"Naquela hora eu estava falando umas coisas, pois ele disse que não iríamos nos salvar, porque o Campinense estava vencendo. Aí peguei a bola, xinguei bastante e falei que faltava apenas um gol para conseguirmos evitar o rebaixamento", explicou.
No lance, inclusive, dois jogadores do CRB teriam conversado, falando para que deixasse o Fortaleza marcar o quarto gol, de acordo com leitura labial realizada pelo SporTV. Para Bala, o importante foi que seu time fez o que precisava para alcançar o objetivo traçado.
"Não posso julgar ninguém, só peço respeito pelo o que fizemos. Os gols são a mostra clara de o que foi o jogo, todos foram indefensáveis. Fizemos nosso papel em campo. Temos que comemorar, foi muito difícil, a torcida nos sensibilizou, por isso tínhamos que honrar a camisa do Fortaleza, e conseguimos, o que foi muito importante", completou.
Apesar de afirmar que o Fortaleza não fraudou o campeonato, o Campinense deve entrar com uma representação no STJD, que já deixou claro: só começará a analisar o caso após requerimento do interessado - no caso, o time de Campina Grande.
Carlinhos Bala também planeja tomar atitudes na Justiça. "Estamos sendo acusados de algo grave, divulgado no mundo todo. Então, quando acabar, vamos entrar com um processo. É uma acusação gravíssima contra uma grande agremiação, e temos que tomar as medidas cabíveis", ameaçou.
Entrevistado pela ESPN Brasil, o presidente do Campinense, William Simões, acusou o Fortaleza de ter atrasado o reinício de sua partida no segundo tempo, para jogar sabendo do resultado final da partida em Campina Grande. "Quando os dois times retornaram para o segundo tempo, o Fortaleza entrou com uma camisa branca de propósito, da mesma cor que o CRB estava usando, para atrasar ainda mais a partida", disse Simões, negando que sua partida também tenha começado com atrasado, apesar do que consta na súmula do árbitro. "Pelo meu relógio, os dois times entraram em campo às 16 horas. O relógio do juiz estava adiantando", defendeu-se o dirigente paraibano.
*Com Gazeta Esportiva/IG Esporte

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